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segunda-feira, 7 de junho de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Lampreia
Arroz de Lampreia:
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Ingredientes: Para 6 pessoas
- 1 Lampreia;
- 500 g de arroz ;
- 5 Dl de vinho maduro tinto ;
- 4 Dentes de alho;
- 1 Limão;
- 1 Folha de louro;
- Salsa;
- Sal ;
- 1 Cebola;
- 1,5 Dl de azeite;
- 150 g de presunto entremeado ;
- 2 Rodelas de salpicão
Confecção:
Abre-se a lampreia de alto a baixo, retira-se-lhe a cabeça e corta-se em postas. Num alguidar de barro põe-se a lampreia com o vinho, os dentes de alho cortados ou esborrachados, o limão cortado às rodelas, o louro, a salsa, sal e pimenta. Pica-se a cebola para um tacho e leva-se ao lume com o azeite.
Deixa-se alourar muito ligeiramente e junta-se o presunto e o salpicão cortados em bocados e um pouco de líquido da marinada da lampreia.
Deixa-se apurar um pouco e introduz-se a lampreia.
Vai-se adicionando a marinada à medida que for preciso.
Depois de bem apurado adiciona-se a pouco e pouco a água que for necessária para a calda do arroz.
Quando a calda for a suficiente, junta-se o arroz, que se deixa cozer.
Adiciona-se o sangue e serve-se imediatamente.
fonte: Editorial Verbo
Lampreia à Bordaleza
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Ingredientes: Para 6 pessoas
- 1 Lampreia viva
- 1/2 De vinho verde tinto
- 1/2 De vinho tinto maduro de boa qualidade
- 1 Ramo de salsa
- 1 Folha de louro
- 3 Dentes de alho
- 1 Colher de chá de orégãos
- 2 Cebolas
- Azeite, piripiri, e sal q.b.
Confecção:
Meta a lampreia viva num tacho com água a ferver, escalde-a e raspe a pele com uma faca. Depois lave-a com água fria. Corte a cabeça e retire as tripas e corte o peixe em pedaços com cerca de 5 centímetros.
De seguida faça uma marinada (aproveitando o sangue da lampreia) com todos os ingredientes: o vinho, a salsa picada, o louro.
Os alhos picados, os orégãos, o azeite, o piripiri e o sal. Deixe repousar durante mais ou menos uma hora.
De fora fica apenas a cebola que se leva a alourar num refogado com azeite.
Retire a lampreia da marinada e junte-a ao refogado·, tapando o tacho. Mexa de vez em quando. Passados cerca de 10 minutos, junte a marinada e deixe ferver até a lampreia ficar cozida. Se quiser apurar mais o molho, pode retirar a lampreia e deixar o molho ao lume por mais um bocado.
Depois coe o molho para retirar eventuais impurezas e volte a juntar a lampreia. Sirva com arroz branco e pão tostado.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Património Monumental de Penafiel
Penafiel:
Localizada no Distrito do Porto, tem cerca de 7.900 habitantes.
Foi conhecida por Arrifana de Sousa até ao reinado de D. José. Foi só em 24 de Março de 1770 que o seu nome foi alterado para Penafiel e a sua categoria alterada para cidade.
Cidade há 240 anos, Penafiel, com imensos monumentos espalhados pelo concelho, obtém um lugar de destaque no Património Histórico Português.
Vamos aqui dar a conhecer alguns desses monumentos…
Túmulo de S.Roque
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Sarcófago em granito, com tampa prismática lisa, em quatro águas e de secção hexagonal.
Sem decoração, o arcaz apresenta uma epígrafe num dos laterais que identifica Frei António da Ressurreição, padre franciscano que faleceu em 1577 vítima da epidemia que atingiu a cidade de Penafiel (então lugar de Arrifana de Sousa), e em memória de quem a população mandou fazer o túmulo, como agradecimento pelo auxílio prestado aos enfermos.
A salvaguarda deste património está a cargo da DAPA (Divisão de Arqueologia preventiva e de acompanhamento), cabe-lhe a responsabilidade de monitorizar o estado de conservação dos monumentos e sítios arqueológicos, propor a definição de normas a que deve obedecer o impacto arqueológico de obras, públicas ou privadas, em meio terrestre ou subaquático.
Venha conhecer o seu passado, visite Penafiel…
Roteiro monumental de Penafiel
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Património Arqueológico
Trata-se de uma cidade proto-romana.
Integra a recentemente criada Rota dos
Castros e Verracos da Fronteira Hispano-Lusa.
Este povoado castrejo de época romana, fundado no século I d.C., localiza-se nas freguesias de Oldrões e Galegos.
Fortificado com duas linhas de muralhas, o castro possui uma extensa área habitada, com cerca de 22 hectares, e apresenta diversas reformulações urbanísticas, sendo possível observar vários tipos de construção.
O topo do castro é coroado pela acrópole, delimitada por um espesso muro e estéril em construções interiores. Aí se desenrolariam actividades diversas, como jogos, assembleias, mercado, etc.
Destaque, ainda, para a muralha do século I, em cuja entrada se encontravam duas estátuas de guerreiros galaicos, actualmente no Museu Municipal.
As escavações no castro de Monte Mozinho tiveram início em 1943, foram retomadas em 1974, e desde então não mais pararam, podendo o espólio ser visto no Museu Municipal de Penafiel.
Pelourinho de Penafiel
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Freguesia: Penafiel
Lugar: Largo do Município
Historia: Na antiga localidade de Arrifana do Sousa foi fundada uma villa, no século IX, que viria a dar origem ao concelho de Penafiel. Segundo parece, esta villa teve primeiro foral anterior à nacionalidade, dado ainda pelo Conde D. Henrique, e confirmado por D. Afonso Henriques. Teve ainda foral novo, de D. Manuel, outorgado em 1519. O actual topónimo, ainda que já referenciado documentalmente a partir do século XI, só ficaria definitivamente estabelecido em 1770, quando D. José lhe concedeu o título de cidade. Conserva um pelourinho, hoje levantado na Praça do Município de Penafiel, mas que foi originalmente construído na Arrifana, junto do velho tribunal e cadeia comarcã.
Descrição: O pelourinho está implantado num dos extremos da praça, junto da cabeceira da Igreja da Misericórdia, sabendo-se que em finais do século XIX e início do século XX se encontrava noutro local do mesmo largo. Eleva-se sobre plataforma singela, circular, sobre a qual assenta a base da coluna, em plinto quadrangular com arestas chanfradas. A coluna possui fuste cilíndrico e liso, sendo rematada por um estreito astrágalo, a partir do qual se desenvolve o remate. Este é constituído por um tronco cónico liso, com perfil côncavo e rebordo inferior, muito alongado, de forma a atravessar uma grande bola, de cujo topo sai a extremidade do cone. Aí se crava uma longa haste de ferro, rematada em cruz de Cristo vazada, e com pequena esfera e bandeirola de catavento a meio.
Classificação: M.N., Decreto de 16 de Junho de 1910, D.G. 136, de 23 de Junho de 1910
Mosteiro e Aqueduto de Bustelo
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A fundação do Mosteiro de Bustelo remonta ao século X, sendo certa a sua existência em 1065. Terá sido fundado pelo filho mais velho de Nuno Pais, ilustre fidalgo pertencente à família dos "Sousões". Terá pertencido ao monaquismo autóctone e passado para beneditino no século XI, permanecendo fiel à Regra de S. Bento até à sua extinção, em 1834.
Pouco se conhece do que foi o Mosteiro de Bustelo antes da reconstrução, que se iniciou a 13 de Agosto de 1633. Tal restauro acabou por se desenhar numa completa reformulação do edifício anterior. O edifício que hoje existe é, todo ele, posterior a essa data.
A igreja do Mosteiro de Bustelo, de planta cruciforme, possui apreciáveis dimensões, de onde sobressai a Capela-mor e o Coro Alto. A construção da igreja iniciou-se em 1695 pela fachada principal e só viria a terminar em 1752, com a conclusão da Capela-mor. Possui, nas capelas laterais, três altares, onde sobressai num deles a imagem da Senhora da Saúde, venerada desde há muito no Mosteiro de Bustelo, com festa na segunda-feira de Páscoa. No corpo da igreja existem mais quatro altares, no entanto a grandiosidade e a beleza da igreja reflectem-se no altar-mor, em estilo rococó, dedicado ao padroeiro de Bustelo (S. Miguel) e ao fundador dos beneditinos. De facto, o altar mor só é rivalizado pelo coro alto, com um cadeirão em talha "rocaille" e onze telas a óleo descritivas da vida de São Bento e Santa Escolástica, sua irmã.
Ainda no coro, existem duas varandas, uma delas destinada a um órgão de tubos que terá sido levado dali para a igreja da Misericórdia, em Penafiel, aquando da elevação desta cidade a sede de Bispado, em 1771.
O mosteiro propriamente dito é composto por um claustro e quatro dormitórios, equivalentes aos quatro pontos cardeais. A sua situação geográfica permite, a partir dos antigos dormitórios, uma vista esplêndida. Além destes elementos, possuía, obviamente, adegas, celeiros, refeitório e cozinha, entre outros. A sua construção, iniciada em 1633, só viria a terminar no século XVIII. De realçar a presença, no centro do claustro, do herói mitológico Hércules e ainda de um relógio de sol colocado no lanço Norte do claustro.
Com a extinção das ordens religiosas após a revolução liberal de 1832-34, grande parte do mosteiro foi expropriada. Actualmente todo esse complexo está em ruínas, mas não deixa de ser apaixonante visitar e imaginar a imponência de outrora. Que tem sido preservado.
No tempo em que o mosteiro era habitado pelos monges beneditinos, o aqueduto servia para conduzir a água até ao mosteiro e o abastecer do precioso líquido.
Mosteiro de Paço de Sousa
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Tipologia: Igreja/Mosteiro~
Classificação: Monumento Nacional (MN) pelo Dec. 16.06-1910, DG 136 de 23 de Junho de 1910; Desp. Março de 1986; Dec. N.º 67/97 de 31 de Dezembro.
Concelho: Penafiel
Estilo: Românico nacionalizado
Estado de Conservação: Razoável
2Festa do Padroeiro: Divino Salvador – 6 de Agosto
Horário da Visita: Por marcação
Preço da Entrada: Gratuito
E-Mail: rrvs@valsousa.pt
Localização:
Largo do Mosteiro, freguesia de Paço de Sousa, concelho de Penafiel, distrito do Porto.
Coordenadas Geográficas: Latitude: 41° 9' 57.398" N / Longitude: 8° 20' 41.085" O
História
Criado no século X, por D. Godo Trutesindo Galindes, serviu de refúgio ao abade Radulfo, aquando das invasões de Almançor (994). Este mosteiro pertencia a uma comunidade beneditina da qual fazia parte D. Godo Trutesindo Galindes, cavaleiro nobre medieval que foi ascendente de Egas Moniz, o aio de D. Afonso Henriques que ergueu neste local o seu paço.
Este mosteiro desocupado muitos anos depois da sua ocupação inicial caiu num estado de degradação, só tendo sido alvo de algumas obras de manutenção no século XI, tendo sido no entanto recuperado, reconstruído e completamente recuperado em meados do século XIII. Nessa mesma altura foi feita a ampliação da Igreja anexa tendo sido alvo de obras de restauro novamente no século XVIII e mais tarde no século XX.
Memorial da Ermida
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Monumento Funerário
O monumento da Ermida está situado no concelho de Penafiel e é um exemplar da arquitectura funerária românica do século XIII, composto por memorial de plinto rectangular de quatro fiadas de silhares graníticos, com sapata, sendo a superior decorada por um sulco que torneia a plataforma, sobre a qual se ergue uma parede rasgada por arco quebrado, com aresta em toro e decoração em bolame.
O conjunto é encimado por uma cornija com friso de decoração fitomórfica biselada com remates prismáticos nos extremos. No vão do arco encontra-se uma pedra sepulcral, sendo desprovida de decoração, possuindo somente um toro em relevo que a envolve, assim como no seu vértice, estando assente em dois blocos com colunelos esculpidos que apresentam capitéis com faces humanas toscamente modeladas. O monumento encontra-se rodeado por uma base de lajes graníticas.
Existem apenas seis exemplares conhecidos deste tipo de construção de monumento funerário. Este assenta sobre uma base pétrea rectangular, na qual foi aberta a cavidade sepulcral que, de acordo com especialistas, era antropomórfica.
Um friso, no qual foram esculpidas folhas tratadas a bisel, segundo as técnicas da oficina de pedreiros que, em meados do século XIII, trabalhou no Mosteiro do Salvador de Paços de Sousa (Penafiel), remata a parte superior do monumento. Estas características estilísticas sugerem que a construção terá ocorrido em meados do século XIII. Este túmulo tem sido erradamente atribuído a D. Sousino Alvariz ou associado à lenda de Santa Mafalda, filha do rei D. Sancho I.
Em 2006/2007 – no âmbito da Rota do Românico do Vale do Sousa, foram realizadas as seguintes obras:
Conservação da pedra; conservação e valorização da envolvente.
Classificação: Monumento Nacional (MN) pelo Dec. 16-06-1910, DG 136 de 23 de Junho de 1910.
Janela Da Reboleira
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Freguesia: Penafiel
Lugar: Quinta da Aveleda
Janela quinhentista em granito que se encontra nos jardins da Quinta da Aveleda, vinda de uma habitação do Porto na Rua da Reboleira, demolida no século XIX.
A janela, possivelmente pela sua interessante estrutura, foi poupada da demolição, e em 1880 Tomás Sandeman doou-a a Manuel Pedro Guedes, proprietário da Quinta da Aveleda, em Penafiel.
A Janela da Reboleira é uma grande janela de ângulo com balcão formada por dois arcos abatidos que se apoiam numa coluna jónica, colocada ao centro. No interior da estrutura foram edificadas duas conversadeiras, e toda a estrutura exterior é decorada com motivos vegetalistas, muito comuns nos programas decorativos manuelinos, o que indica a data da sua edificação, situando-a nos primeiros anos do século XVI. Monumento Nacional desde 1910, esta janela ainda se encontra na bela Quinta da Aveleda.
Classificação: M.N., Decreto de 16 de Junho de 1910
Igreja de São Pedro de Abragão
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Tipologia: Igreja/Mosteiro
Classificação: Monumento Nacional (MN) por Dec. N.º 129/77, DR 226, de 29 de Setembro de 1977.
Cronologia:
séc. XI-XII – Edificação original (desaparecida);
séc. XIII – Edificação românica;
1668 – Reconstrução da nave;
1820 – Acrescento da torre sineira;
1975 – Suspensão das obras de remoção do pavimento original;
1991 – Substituição das portas exteriores
1993 - Restauração da talha do altar-mor;
2004/2006 – Obras de conservação geral da igreja no âmbito do projecto da Rota do Românico do Vale do Sousa: limpeza, reforço e pinturas dos vãos exteriores, substituição de algumas caixilharias e instalação eléctrica; conservação e restauro da pintura do calvário situada na sacristia; conservação do guarda-vento, obras de conservação de interiores e da sacristia e arranjo urbanístico do espaço envolvente.
História: A existência da Igreja de São Pedro de Abragão (concelho de Penafiel) está documentada desde 1105, data em que Paio Peres Romeu doa, em testamento, “a quarta parte de Sancto Petro de Auregam ao Mosteiro do Salvador de Paço de Sousa”, embora tenha sido totalmente remodelada no século XIII, por iniciativa de D. Mafalda, filha do rei D. Sancho I, de acordo com a tradição.
Em 1668, a nave românica é demolida para permitir a construção de uma nova, mais ampla.
Em 1820, é-lhe acrescentada uma torre sineira. A cabeceira, e o respectivo arco cruzeiro, constituem os únicos elementos românicos que restam da construção original.
Igreja da Misericórdia de Penafiel
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Com existência conhecida desde o século XVI, e sediada na capela em frente da matriz, a Misericórdia de Penafiel apenas beneficiou de igreja própria na segunda década do século XVII.
A sua edificação deve-se à iniciativa do padre Amaro Moreira, cujas doações e legados pios permitiram fortalecer a Irmandade e construir uma nova igreja (no denominado rossio das Chãs), na qual foi sepultado (na capela-mor). As obras tiveram início na década de 1620, estando concluídas, muito possivelmente, em 1631, data que figura numa inscrição patente na capela-mor, que nos informa ainda da dotação de Amaro Moreira.
O partido arquitectónico adoptado é, de alguma forma, ambíguo, e ainda que se possa inscrever numa linguagem maneirista, motiva análises como a seguinte: "a igreja da Misericórdia corresponde a uma tipologia de austeridade, fiel à traça sem estilo, (...) que imperou pelo país desde o início da década de 60 do séc. XVI, com a tendência gradual para o predomínio das ordens dórica e toscana.
Trata-se de um edifício assumido na sua forma chã, mesclado de elementos eruditos, no qual a gramática clássica se articula segundo uma estética de liberdade". O seu frontispício, concebido como um retábulo, inscreve-se nas denominadas fachadas-retábulos. É delimitado por pilastras, nos cunhais, que acentuam a sua verticalidade, sendo que a do lado direito separa o alçado da torre sineira, setecentista, que se eleva bem acima da linha da empena, terminando numa cúpula bolbosa, revestida por azulejos. No interior, a nave única e a capela-mor, alta e bastante profunda, são articuladas pelo arco triunfal, flanqueado por pilastras e encimado por frontão triangular.
Na capela-mor, o tecto é em caixotões de cantaria, numa composição de linguagem seiscentista, tal como o Arcozelo onde se inscreve o túmulo de Amaro Moreira e seus descendentes. O património integrado que hoje podemos observar neste interior é muito posterior, remontando na sua grande maioria ao final do século XVIII e inícios da centúria seguinte, e substituído os originais de época barroca.
A linguagem aqui presente é já neoclássica, conhecendo-se os nomes dos entalhadores responsáveis pela execução dos retábulos.
Santuário de Nossa Senhora da Piedade Santos Passo (Igreja do Sameiro)
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Este santuário foi construído em finais do séc.XIX a par do belo Parque Zeferino de Oliveira, popularmente conhecido por Jardim do Sameiro, num encantador estilo romântico, com a cidade a seus pés.
Situado no ponto mais alto da cidade de Penafiel o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, também conhecido como Santuário do Sameiro, é um dos locais mais famosos e visitados da região. Daqui o panorama é de excelência, desenvolvendo-se o jardim ao longo de vários patamares que enaltecem os materiais da zona e primam pelas belas cores da vegetação nos canteiros, promovendo bonitas e coloridas paisagens, num local de grande paz de espírito.
Igreja do Salvador de Cabeça Santa
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Fundada pela rainha Santa Mafalda (filha de D. Sancho I) no segundo quartel do século XIII, a igreja de São Salvador da Gandra (como durante séculos foi conhecida) é uma cópia mais modesta do templo de Cedofeita, no Porto, analogia tão flagrante que levou Manuel Monteiro a considerá-la um "arremedo" do monumento portuense.
As semelhanças entre os dois monumentos são maiores ao nível da decoração. Um capitel do portal lateral Sul, onde se representaram dois estilizados dragões de corpo de ave, que inclinam o seu pescoço para morder outros seres dispostos inferiormente na composição, é praticamente idêntico a outro do portal principal de Cedofeita, proximidade que levou alguns autores a reconhecer que os mesmos artistas trabalharam em ambos os templos.
Um elemento importante será o de entender o porquê de uma igreja dedicada a São Salvador ter passado, em data ainda incerta, a ser conhecida como Cabeça Santa. Com grande probabilidade, aqui existiu uma imagem de grande devoção, a ponto de o templo se diferenciar dos demais pelo seu conteúdo ainda mais sagrado. Por outro lado, nas suas traseiras existe um muito bem preservado conjunto de sepulturas antropomórficas escavadas na rocha, cuja datação é anterior ao templo do século XIII, o que aponta para uma ocupação em plena Alta Idade Média, cujo alcance científico só poderá conseguir-se através de uma investigação mais aprofundada do local. Bastante restaurado pela DGEMN, da época moderna resta apenas a Capela de Nossa Senhora do Rosário, espaço quadrangular do lado Norte, revestido por talha e azulejos barrocos. Esta igreja é monumento nacional desde 1927 e está situado na freguesia de Cabeça Santa em Penafiel. Mais um local que vale a pena visitar em Penafiel.
Classificação: Monumento Nacional (MN) pelo Dec. N.º 14 425, DG 228 de 15 de Outubro de 1927, ZEP, DG 188 de 15 de Agosto de 1951
Estilo: Românico
Igreja de São Gens de Boelhe
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A igreja de São Gens de Boelhe, localiza-se na freguesia de Boelhe, Concelho de Penafiel, Distrito do Porto. Este monumento integra a Rota do Romântico do Vale de Sousa.
Esta é uma Igreja de arquitectura romântica do final do século XII, sendo a sua construção atribuída à Rainha D. Mafalda de Saboia, mulher de D. Afonso Henriques. Embora haja uma contradição visto que o Santo (São Gens de Arles-França) da igreja ainda era desconhecido em Portugal naquela época.
Arquitectonicamente, a igreja de Boelhe tem a singeleza dos templos românicos, simultaneamente ingénuos e severos, de planta quadrangular tanto no corpo da Igreja como na capela-mor, onde um pórtico com três arquivoltas guarnecidas de toros e um friso de modilhões finamente lavrados, sendo grande e severo, não destoa do pequeno tamanho do templo. À direita da frontaria, um pequeno arco sineiro e ao centro da empena, uma cruz de braços iguais. De destaque a cachorrada com figuras de cabeças de boi, figuras de bolas etc.
Interiormente o edifício permanece intacto. Junto à entrada, do lado esquerdo, exteriormente, existe uma pia também românica, sem adições nos restauros, uma verdadeira jóia românica, talvez a mais completa do concelho de Penafiel, e, na verdade, das poucas que na fachada, do lado da Epístola, conservam o campanário primitivo, o que ainda a valoriza mais.
Igreja de S. Martinho ou Matriz de Penafiel
A Igreja de S. Martinho, também conhecida como Igreja Matriz de Penafiel, está situada na Rua Direita, uma das zonas mais antigas da cidade de Penafiel.
No local onde está implantada esta igreja existiu até meados do séc. XVI a Capela do Espírito Santo, sendo que na segunda metade desse século esta capela foi demolida para dar lugar à Igreja Matriz tendo sido o espaço da capela-mor aproveitado no novo templo como capela funerária.
As obras de edificação desta igreja decorreram de 1561 a 1570, data inscrita no portal principal, sendo que em 1694 o espaço da capela-mor foi remodelado ao gosto manuelino por João Correia, rico mercador de Penafiel.
Esta igreja foi considerada monumento nacional por decreto de 16 de Junho 1910; D.G. 136, de 23 de Junho de 1910.
Anta Santa Marta - Portela
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A Anta de Santa Marta também conhecida como Dólmen da Portela ou Forno dos Mouros, é um monumento megalítico português localizado em Santa Marta, Penafiel, encontrando-se representado no brasão da freguesia.
Túmulo pré-histórico, popularmente designado por Forno dos Mouros, consiste numa anta ou dólmen com câmara coberta e corredor, ao qual corresponderia uma mamoa de grandes dimensões. A câmara, poligonal, é constituída por sete esteios, sendo apenas três os que suportam a laje de cobertura. O corredor, voltado a nascente, é constituído por dez esteios e atinge cerca de seis metros de comprimento.
Os arqueólogos calculam que esta anta, formada por sete esteios e com uma laje superior com cerca de 3,3 metros por 2,1 metros, tenha sido construída no Terceiro milénio A.C. Possuiu um corredor com cerca de 6 metros de comprimento por 2,5 metros de largura, do qual só já existem dez esteios.
Foi-lhe atribuído o estatuto de Monumento Nacional em 1910 pelo IPPAR.